A SouthRock, empresa responsável pela gestão das unidades da Starbucks no Brasil, enfrenta uma crise significativa ao perder a licença para utilizar a marca Starbucks no país. A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial perante a Justiça Paulista com dívidas estimadas em R$ 1,8 bilhão.
Com 187 lojas Starbucks em solo brasileiro, a empresa agora se vê obrigada a fechar ou realizar o rebranding de suas operações para continuar funcionando. Em razão disso, a Starbucks Coffee International rescindiu as licenças da marca devido à inadimplência, notificando a empresa brasileira no último dia 13 de outubro.
A SouthRock busca reverter essa decisão nos tribunais brasileiros, trazendo o argumento de que a manutenção das atividades é crucial para viabilizar a reestruturação da dívida. Além disso, a empresa alega que a notificação de rescisão não pode ter efeitos imediatos em contratos de tempo determinado.
A relevância da marca Starbucks para a SouthRock é destacada, pois o faturamento bruto mensal das lojas Starbucks ultrapassa R$ 50 milhões, representando uma parte substancial do fluxo de caixa consolidado do grupo. Sendo assim, foi protocolado pedido de recuperação judicial e uma liminar para bloquear a rescisão da Starbucks Internacional.
O uso da marca Starbucks é essencial para a retomada de um equilíbrio financeiro às contas da empresa, já que se vale de sua aparência perante o público consumidor para o estímulo de suas vendas em face da clientela. Sem a marca, é ainda mais complexo para que a organização venha a obter novamente um superávit.
A queda nas vendas é explicada como decorrência da crise advinda com a pandemia, inflação, altas taxas de juros e dificuldades em obter crédito para capital de giro, de modo que as vendas diminuíram na porcentagem de 90% em 2020, 70% em 2021 e 30% em 2022.
Fundada em 2015 como uma empresa de private equity em São Paulo, a SouthRock controla 21 empresas relacionadas à comida fast-food, além de Starbucks, Eataly, TGI Friday’s e Subway.
O desfecho dessa situação continuará a ser acompanhado de perto, pois a empresa em questão enfrenta a tarefa complexa de reestruturar seus negócios e preservar marcas tão relevantes no cenário brasileiro. É essencial que um profissional habilitado e com conhecimento em marcas esteja auxiliando a organização em negociações desta natureza, justamente para garantir a manutenção da marca e a sua viabilidade no mercado.
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