A escassez de água já afeta 2 bilhões de pessoas no mundo e ameaça reduzir em até 25% as economias de países em regiões áridas, segundo a Unesco. O custo da degradação dos ecossistemas hídricos já é estimado em US$ 58 trilhões — 60% do PIB global.
Esse cenário não é uma preocupação distante. A falta de água pressiona cadeias de suprimentos, reduz a produtividade agrícola, compromete a geração de energia e cria instabilidade política, com reflexos diretos para empresas de todos os setores. Data centers, indústrias de base e agronegócio já disputam recursos hídricos em um planeta que se aquece e seca mais rápido.
Para as organizações, não basta “acompanhar o problema”. É necessário agir de forma estruturada em seus programas de ESG e compliance ambiental, sob risco de comprometer não apenas operações, mas também reputação e sobrevivência de longo prazo.
Três frentes de ação se tornam urgentes:
- Gestão da água – investir em eficiência hídrica, reuso e monitoramento de consumo.
- Governança ESG – incluir métricas hídricas em relatórios e compromissos públicos de sustentabilidade.
- Responsabilidade social – apoiar comunidades locais no acesso à água, reduzindo desigualdades e fortalecendo a licença social para operar.
No Brasil, o desafio é ainda mais crítico: saneamento básico deficiente, rios em crise e dependência de hidrelétricas aumentam a vulnerabilidade. Empresas que não incorporarem a água como ativo estratégico em suas decisões podem enfrentar custos maiores, insegurança jurídica e perda de competitividade internacional.
A crise hídrica não é apenas ambiental — é econômica, social e corporativa. Se a água sustenta negócios, empregos e mercados, negligenciá-la é comprometer o futuro das próprias organizações.
Quer liderar com propósito? Comece hoje a integrar ética, compliance e ESG às decisões da sua organização.