O Brasil ultrapassou os Estados Unidos no uso de inteligência artificial generativa: 58% dos brasileiros já utilizam ferramentas diariamente, contra 35% dos norte-americanos, segundo pesquisa da Bain & Company divulgada pelo Valor Econômico.
Esse crescimento acelerado no país mostra que a IA generativa não é futuro — já é presente. Porém, no setor jurídico e corporativo, sua adoção exige cautela. Questões como ética, sigilo de informações, governança e regulação tornam-se determinantes para que a tecnologia seja uma aliada e não um risco.
No Judiciário, ferramentas de IA já são utilizadas desde 2020 em tarefas de classificação de processos e apoio a despachos. Nos escritórios e departamentos jurídicos, o avanço ocorre em atividades pontuais: tradução de documentos, transcrição de reuniões e automação de tarefas repetitivas. Ainda assim, o consenso é de que a IA deve complementar — e nunca substituir — a análise humana.
Para empresas, o desafio é ainda maior. A incorporação da IA só gera resultados sólidos quando acompanhada de:
- Políticas internas claras sobre seu uso;
- Comitês de ética para orientar decisões e mitigar riscos;
- Programas de compliance digital e de dados alinhados à LGPD;
- Monitoramento contínuo dos impactos no negócio e nos stakeholders.
Estudos como o Future of Professionals 2025, da Thomson Reuters, reforçam esse ponto: organizações com um plano de IA bem estruturado têm o dobro de chances de impulsionar crescimento e 3,5 vezes mais chances de colher benefícios críticos da tecnologia.
Para os líderes empresariais, a reflexão é inevitável: a IA generativa já está transformando a forma como negócios competem e inovam. Mas, no ambiente corporativo, a verdadeira vantagem não está em adotar a tecnologia de forma apressada, e sim em estabelecer bases sólidas de governança, segurança e ética.
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