O mercado brasileiro de fusões e aquisições (M&A) cresce em ritmo acelerado, mas ainda tropeça em falhas básicas de Compliance documental. Certidões vencidas, divergências cadastrais e registros desatualizados continuam a travar operações que envolvem cifras bilionárias, reputações e futuros estratégicos.
Essas falhas não são meramente burocráticas. Segundo levantamento da PwC, 52% das transações de M&A nos últimos cinco anos sofreram atrasos relevantes por problemas em Compliance e documentação. Estudo da Deloitte aponta que 41% das operações precisaram ser reestruturadas por riscos não mapeados.
O impacto é claro: investidores reduzem aportes, exigem cláusulas mais duras e descontam até 15% do valuation da empresa. O que poderia ser uma negociação fluida se arrasta por meses.
Mais do que números, o problema é cultural. Muitas empresas ainda tratam o Compliance como papelada acessória. Na prática, ele é estratégia. Negligenciá-lo é abrir mão de valor, tempo e credibilidade.
Por outro lado, a tecnologia vem transformando essa realidade. Soluções de automação reduzem custos administrativos em até 60% (Accenture) e permitem cruzar milhares de fontes de dados em minutos, corrigindo inconsistências antes que se tornem entraves.
Para destravar operações e proteger valor de mercado, três passos são essenciais:
- Centralizar a documentação crítica em sistemas organizados e acessíveis.
- Atualizar registros e certidões continuamente.
- Automatizar o monitoramento de CPFs e CNPJs, com alertas em tempo real.
No mercado globalizado, a mensagem é direta: quem enxerga o Compliance como detalhe continuará perdendo espaço. Quem o trata como prioridade conquista vantagem competitiva.